primeira hora da manhã
abril 28, 2017
abril 26, 2017
abril 23, 2017
abril 20, 2017
diário
Viver um amor ilimitado num corpo e numa
mente limitados é o grande desafio de cada dia. Não guardar a palavra amor para
mais tarde, mesmo que dizê-la nos faça rebentar pelas costuras. E confiar que por
detrás de todas as palavras e de todos os gestos que aparentam negar o amor,
ele está lá, escondido, mas sempre presente e podendo ser descoberto quando
tivermos encontrado a chave capaz de traduzir todas as línguas do mundo.
diário
Cada via é singular na terminologia que usa, nos ritos, na forma como "disciplina" o corpo-mente para poder escutar o Espírito (a sabedoria perene que nos habita). O importante é encontrarmos a "nossa" via, o caminho que mais ressoa connosco e seguir os seus trilhos até ao fim. As vias são singulares, mas o que experienciamos é universal.
fevereiro 28, 2017
(Cloud Gate Dance Theater)
“A iluminação é a
cooperação absoluta com o inevitável”. Quando tudo em nós coopera com o inevitável fluxo da vida. Deixamos
de perguntar se este é o caminho certo ou o errado, mas passamos a receber tudo
o que surge como sendo o melhor para nós em cada momento. Rendemo-nos. Passamos
a dizer sim à vida e sim à morte, sim à saúde e sim à doença, sim à acção e sim
à contemplação. Consoante o que se apresentar em cada momento. Deixamos de nos
perguntar sobre o que devemos ou não devemos fazer. Confiamos e entregamo-nos a
esse fluxo, sem o travão dos nossos medos. Eles surgem, mas deixam de
funcionar como barreiras. E começamos a ver que esse fluxo é maravilhoso, curativo
e vibrante como numa dança em que o nosso corpo se enlaça noutros corpos até
que já não somos nós que dançamos, mas a dança que dança através de nós. Só quando
essa rendição acontece é que podemos falar de liberdade e de verdadeiro amor. O amor verdadeiro é a qualidade da rendição absoluta ao inevitável. Apaixonamo-nos pelo momento presente e por tudo e todos que o habitam. Estamos, finalmente, face a face, sem desviarmos o olhar.
(Este texto é inspirado nos testemunhos de Anthony de Mello, Adyashanti e Jeff Foster)
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fevereiro 22, 2017
(imagem do filme Baran, de Majid Majidi)
Dependendo da qualidade da nossa presença na sua presença, podemos "ver" no "outro" o inferno ou o céu, ou quem ele realmente é. Se em cada instante nos lembrarmos que o "outro" não é "outro", mas todos somos Um no Pai. Se conseguirmos olhá-lo para além da máscara que ele carrega, para além do seu ego, mais ou menos problemático, mais ou menos infernal. Se conseguirmos olhar sem o nosso ego, mais ou menos problemático, mais ou menos infernal, a interferir na visão. Então haverá sempre ligação e conseguiremos amar, em qualquer situação, seja quem for, mesmo o ser humano mais desajeitadamente humano, até cruel.
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