fevereiro 01, 2011



(ilustração de Cristina Robalo)


amo as palavras de Herberto Helder. aterradoras, tremendas, ferozes, assombradas, violentas, furibundas, tenebrosas, velozes, furiosas. passam por mim como um furacão. arrancam-me do chão, revolvem-me o vestido, despenteiam-me os cabelos. aferrolham-me os olhos para depois me darem a imensidão das imagens tremendamente puras da furibunda concepção. elas são a língua retratobliquamente livre. a canção dos frutos. 
SE ELE ME DEIXASSE COMIA(LHE) A POESIA TODA

(2004, quando ainda escrevia no blog das palavras da tribo)



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