dezembro 14, 2011








Akhmátova! Em todo o meu ser sinto a comparação tensa, inevitável, não só entre Akhmátova e eu, mas entre a poesia de São Petersburgo e a de Moscovo. Mas eu não recito os meus versos contra Akhmátova, e sim para Akhmátova. Se neste instante quero representar Moscovo tão bem quanto possível, não é para vencer São Petersburgo, mas para oferecer a Akhmátova esta Moscovo que represento, na minha pessoa e no meu amor, para me curvar perante ela, para que a mais íngreme das montanhas se curve perante esse cume, a menos inclinável de todas. as cabeças.
(declaração de Marina a Anna)


Andamos hoje, eu e tu, Marina,
a vaguear pela capital da meia-noite,
e atrás de nós vêm milhões de semelhantes,
e não há procissão mais silenciosa
 
("Resposta tardia",  de Anna a Marina)

("E cantou como canta a tempestade", Introdução e Selecção de poemas de Inês de Medeiros, Assírio & Alvim)






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