março 23, 2012



(Cruzeiro Seixas à conversa com Margarida Vale de Gato, António Poppe, Rui Almeida, Raquel Nobre Guerra "Num Dia de Poesia", na Faculdade de Letras)


« sou um homem que pinta e um homem que escreve ; quando me chamam « artista » é como se me dessem uma bofetada ; ser um homem é muito mais difícil »

« a poesia está acima de todas as coisas porque lida com o impossível, é para aí que temos de caminhar; se ficarmos pelo possível seremos como galinhas »

« tudo aquilo que pintei é tão poesia como tudo o que escrevi »

« assisti ao nascimento de muita da poesia da primeira fase do Mário Cesariny ; lembro-me de irmos juntos pela rua e de ele me dizer « ama como a estrada começa », e logo a seguir acrescentar, « não faço a mínima ideia do que isto quer dizer » ;  a poesia que eu amo é a que não compreendo, o que compreendo não me interessa »

« acho que já fiz o que tinha a fazer »

« os meus sonhos são a realidade, são muito chatos, pelo que só tenho uma hipótese, sonhar acordado ; é o que faço »

« as definições duram 24 horas ; não  há nada que esteja certo ; não há nada a que nos agarrarmos »

« cada passo que nós damos é um novo mundo, talvez seja isto o que o Cesariny quis dizer »

« inventar, inventar, inventar ;
sonhar ;
fazer da vida um sonho ;
fugir a sete pés do espaço restrito da racionalidade porque é uma ratoeira da qual nunca sairemos ; o Dostoiévski dizia que para ele 2 + 2 nunca seriam 4 »

« Eu estarei sempre convosco nesse país que é a Poesia »









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