Diante do Mar
Perante linhas que se despenham
numa desarticulação cadenciada
um pensamento, mesmo o mais trivial
coloca-nos no centro de uma tempestade
Um reino subterrâneo
avança a intervalos pela casa fora
emerge muito lentamente
o declive
que para sempre nos separa
Imagina que tudo isto ocorre antes do próximo
inverno
E mesmo ao escurecer estás diante do mar
O mar como nunca antes o viste
(José Tolentino Mendonça, "O viajante sem sono", Assírio & Alvim)
(praia do guincho, 10 de maio de 2012)
4 comentários:
É isso Mana, era grande é grande será grande no mais ínfimo grão
tocado na dança imortal da sua música
absoluta.
nocturno e diurno. sempre.
indigo.
Sem palavras
lindo
Enviar um comentário