junho 04, 2012


















(...) A eternidade é o não habituar-se, é o fascínio da primeira vez que sempre se repete. Todos fazemos a experiência da eternidade, de uma beleza entrevista como "não (ser) deste mundo": há na vida de cada um instantes preciosos, perfeitos; instantes de oração silenciosa, de oração para lá da oração, quando o coração se inflama; instantes de tensão criadora ou de confiança serena, quando a luz desponta através de uma intuição de verdade, de beleza; quando ouves pulsar o coração dos eventos; quando num encontro genuíno descobres o oceano interior de um olhar e o outro como um milagre; quando sentes as veias cheias de vida. Instantes em que nos associamos, como na primavera, à doxologia da primeira amendoeira em flor. Em todos estes momentos, e cada um conhece muitos outros, a eternidade aflora misteriosamente, como profecia de uma vida em plenitude (O. Clément). (...)

(Ermes Ronchi, "os Beijos não dados, Tu és Beleza", Paulinas)









2 comentários:

ars disse...

"O fascínio da primeira vez"
Tão bonito, é como se todos os momentos da vida nos surpreendem à sua maneira...mesmo aqueles que não é a primeira vez

mp disse...

tens de ler este livro ars! ah!!!! que maravilha!!!! o fascínio a cada palavra, cada frase, cada parágrafo, cada folha... não o consigo largar, ando com os olhos sobre ele muito devagar; quando chegar ao fim volto ao princípio, como se fosse a primeira vez!

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