agosto 20, 2012







Com seus pássaros 
ou a lembrança de seus pássaros, 
com seus filhos 
ou a lembrança de seus filhos, 
com seu povo 
ou a lembrança de seu povo, 
todos emigram. 


De uma quadra a outra 
do tempo, 
de uma praia a outra 
do Atlântico, 
de uma serra a outra 
das cordilheiras, 
todos emigram. 


Para o corpo de Berenice 
ou o coração de Wall Street, 
para o último templo 
ou a primeira dose de tóxico, 
para dentro de si 
ou para todos, para sempre 
todos emigram. 



(poesia de Alberto da Cunha Melo dita por Lirinha no FMM Sines)


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