outubro 24, 2012














Na Primavera, cruzámo-nos com um excerto do livro “Les Grands Courants de la Mystique Juive” de G. Sholem, no blog Dias Felizes, partilhámo-lo com um contador de histórias e, no Outono, avançamos: ao ritmo da terra:
Outono, dia 3 de Novembro, sábado, às 17 horas, no Espaço Rosa Araújo (Rua Rosa Araújo, nº19, em Lisboa), teremos o António Fontinha a contar-nos histórias (para todos, grandes e pequenos a partir dos 6 anos)


"Quando o Baal Shem Tov tinha uma tarefa difícil para realizar, dirigia-se a um lugar específico da floresta, fazia o fogo e ali ficava numa oração silenciosa; e o que ele tinha de realizar realizava-se. Uma geração mais tarde, quando o Maggid de Meseritz se via confrontado com a mesma tarefa, ele ia ao mesmo lugar na floresta e dizia: «Nós já não sabemos fazer o fogo, mas ainda sabemos dizer a oração»; e o que ele tinha de realizar realizava-se. Uma geração mais tarde, Rabbi Moshe Leib de Sassov teve de realizar a mesma tarefa. E ele também foi para a floresta e disse: «Nós já não sabemos fazer o fogo, nós já não conhecemos os mistérios da oração, mas sabemos onde fica o lugar exacto na floresta onde isso se passava e isso deve ser suficiente»; e foi suficiente. Mas, na geração seguinte, quando o Rabbi Israël de Rishin teve de realizar a mesma tarefa, ele ficou em sua casa, sentado no seu sofá e disse «Nós já não sabemos fazer o fogo, nós já não sabemos dizer a oração, nós até já não conhecemos o lugar na floresta, mas nós ainda sabemos contar a história»; e a história que ele contou teve o mesmo efeito que as práticas dos seus antecessores."

(G. Scholem, Les Grands courants de la mystique juive, Paris, Payot, 1973, p368)





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