Como artesãos vivem em suas oficinas
para aperfeiçoar os ofícios
Apanham pedras e atiram-nas longe
em silêncio sempre na mesma direcção
Os seus cântaros regam o infortúnio
a semente que caiu à beira do caminho
o som vazio do vento
as poças de água onde, às vezes, um peixe se debate
Para si mesmos repetem:
Salvam-se apenas os que recusam tudo
até mesmo a salvação
(fechem os olhos e imaginem a voz do Luís Miguel Cintra a dizer este poema; ontem, na Assírio & Alvim do Chiado, foi assim)
3 comentários:
só soube hoje. quem me dera ter ido.
Estou a ouvi-lo :-)
Obrg prima
o senhor josé luís anda desatento... hoje o Cintra vai ler a missa do mundo do Teilhard de Chardin na capela do rato às 21:30.
ars a sua voz é inconfundível! beijo!
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