novembro 30, 2012

a ronda dos eleitos











Como artesãos vivem em suas oficinas 
para aperfeiçoar os ofícios
Apanham pedras e atiram-nas longe
em silêncio sempre na mesma direcção

Os seus cântaros regam o infortúnio
a semente que caiu à beira do caminho
o som vazio do vento
as poças de água onde, às vezes, um peixe se debate

Para si mesmos repetem:
Salvam-se apenas os que recusam tudo
até mesmo a salvação




(fechem os olhos e imaginem a voz do Luís Miguel Cintra a dizer este poema; ontem, na Assírio & Alvim do Chiado, foi assim)











3 comentários:

josé luís disse...

só soube hoje. quem me dera ter ido.

ars disse...

Estou a ouvi-lo :-)
Obrg prima

mp disse...

o senhor josé luís anda desatento... hoje o Cintra vai ler a missa do mundo do Teilhard de Chardin na capela do rato às 21:30.
ars a sua voz é inconfundível! beijo!

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