a Caridade dá que fazer
diz-nos Luciano Manicardi
porque o homem enquanto tal é sobretudo necessidade
e o nosso desejo é ser amados, vistos, alcançados e tocados na nossa necessidade, na nossa pobreza, em suma, na nossa unicidade
e é precisamento pelo nosso desejo que podemos aprender a fazer bem ao outro
façamos aos outros aquilo que gostariamos que nos fizessem a nós (Mt, 7,12)
amando concretamente o outro
uma práxis de humanidade que se sobrepõe aos vários tipos de fé e de crença, e que pode unir cada homem, mesmo aqueles que não se professam crentes
o homem é homem se acredita na humanidade do outro, mesmo que esta esteja ferida ou diminuída
aprender a caridade como arte do encontro, como arte da relação, como arte de viver
para não permitir que o cinismo, a barbárie e a indiferença levem a melhor

(frases tiradas ao acaso do livro "A Caridade dá que fazer", de Luciano Manicardi, editado pela Paulinas, 2010)