março 05, 2015














Oração para um tempo de Quaresma


Pai, ajuda-me a não julgar. A estar atenta e compreender que na origem de todos os julgamentos está a ignorância de ti. A ignorância de que  todos somos matéria-prima de Deus. Alfabetizámo-nos de trivialidades, inventámos línguas que não te dizem, axiomas, teoremas, equações, tratados, postulados, mas desaprendemos o Teu alfabeto, que nasceu connosco e que se escreve de compaixão, amor e atenção. A desatenção faz-me perder a Visão e a Audição. O meu ruído abafa a voz que vem de dentro e que me atravessa, a intuição profunda. E cega e surda fico nas mãos das minhas pulsões, das minhas atracções e repulsas, que estão na origem do meu julgamento rápido e sem tréguas. E erro. E erro. E tenho dificuldade em não voltar a errar e a sair deste ciclo de enganos que me afasta de ti e dos outros.
Pai, ajuda-me a estar atenta e presente em Ti. Até que um dia, ao olhar, ao ouvir, ao tocar, ao falar. És tu que olhas, és Tu que ouves, és Tu que tocas, és Tu que falas, por mim.







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